quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Geração Z – a próxima a chegar no mercado

Por: Sílvia Gusmão Ramos
Psicanalista e sócia da Trajeto Consultoria

Enquanto o mercado ainda assimila as mudanças trazidas pela chamada geração Y, outro grupo irá começar a ocupar os próximos espaços de trabalho pelo mundo: a geração Z. São os jovens que nasceram na segunda metade da década de 1990. O ritmo ditado pela tecnologia parece ter sido decisivo para influenciar o estilo de ser da geração Z, que passa a vida permanentemente conectada na internet, no celular, nos jogos, na música e na TV. Antenada a tudo, simultaneamente. Nativos digitais, esses jovens ainda não entraram na universidade, mas parecem que irão levar às organizações mais rapidez e ansiedade do que apresentam hoje os jovens profissionais.
O “Z” utilizado no termo não é à toa. O ato de trocar constantemente de canal na televisão, conhecido como zapear, traduz a característica fundamental dessa nova geração: a velocidade em mudar de foco, de trabalho, de interesse. O aspecto multitarefa, já apresentado pelos profissionais da geração Y, é ainda mais reforçado por esses estudantes mais jovens. Percepção reforçada pelo educador Mário Sérgio Cortella em recente série de reportagens produzida pelo Jornal da Globo. Em sua opinião, essa geração atual não compreende a si mesma, sem que haja digitalização do mundo, das relações, da vida. Se um jovem profissional da geração Y ao entrar hoje numa empresa como um trainee pensa que fracassa se em dois anos não for um dos diretores, a geração Z agudiza essa situação, afirma Cortella.
A postura desses jovens será um desafio para as empresas. Conhecida como individualista a extremamente impaciente, esses jovens podem ter muita dificuldade de trabalhar em equipe ou continuar numa organização. “Por estar em constante mudança e querer desafios constantes, reter esses talentos será um desafio para as empresas. A permanência durante muitos anos, em uma mesma organização, será algo utópico e as corporações terão que saber extrair o melhor destes profissionais enquanto estiverem atuando na companhia”, indica Gilberto Wiesel, consultor da área de desenvolvimento de competências.

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